Editamos hoje a terceira parte do poema do Carlos Carvalho, do 11.º B, intitulado A Cinderela do Mal, que nos apresenta uma nova e original versão desta célebre figura das histórias tradicionais.
Todo o povo temia
O que iria acontecer,
Pois tão ingénuo príncipe
Nunca o iria reconhecer.
Nunca veria nela
Aquele ser diabólico encarnado
Que iria fazer da Terra
Um lugar inabitado.
O conselheiro falou com o príncipe,
Mas indo já em vão,
Pois o príncipe havia decidido
Casar naquele dia, antes da escuridão.
Todo o povo desesperado
Tentou a malvada impedir,
Sendo morto ou desmembrado
Como o «freguês» preferir.
O príncipe ainda não se havia apercebido,
Mas estava prestes a acordar
Daquele coma profundo
A que chamamos sonhar.
Após uns meses de casamento
O príncipe se apercebeu
De que tudo que havia de belo
No reino desapareceu.
Em oposto ao sucedido,
Cinderela estava radiante,
Cada vez mais bela,
Cada vez mais importante.
O que era mais de estranhar
É que ninguém aparecia
Ninguém se vinha queixar
Do que desaparecia.
O príncipe fora à biblioteca
Ver registos antepassados,
Ver se tinham acontecido
Eventos relacionados.
Houvera dois casos,
O dele e o de seu avô,
Que se casara com uma bruxa
Que dele fazia totó.
O príncipe pensou
E, após uma breve reflexão,
Confrontou Cinderela
Com tal situação.
[continua]