Ao longo das próximas entradas, iremos publicar uma versão renovada de Um Auto de Gil Vicente, texto dramático que Almeida Garrett editou em 1838, com o propósito de ajudar a criar um repertório para o teatro português. A renovação deste texto, que foi feita por alunos do 11.º VC, no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa, mereceu uma breve explicação, que a seguir transcrevemos, da responsabilidade dos novos autores do texto. Na próxima entrada, daremos início à publicação do auto revisitado.
INTRODUÇÃO
É com muito gosto que a turma de Literatura Portuguesa do 11.º VC apresenta a nova versão da peça de teatro Um Auto de Gil Vicente, cuja autoria primeira é de Almeida Garrett.
Pretendemos então parodiar o auto, dando-lhe uma forma mais moderna e inovadora, própria do nosso século, mas mantendo sempre uma fiel ligação à obra original.
Um Auto de Gil Vicente, como já referido, foi realizado por Almeida Garrett com o intuito de trazer de volta o autêntico teatro português, trazer de volta, afinal, aquilo que realmente nos pertence, já que, como o dramaturgo afirmava, «em Portugal nunca chegou a haver teatro», limitávamo-nos, afinal, a continuar o espírito do século XVIII, copiando o teatro castelhano e italiano… Daí ter escolhido Gil Vicente, por ser um dramaturgo medieval, quando o teatro ainda nos pertencia, era puro e original.
Cabe-nos a nós, alunos, incorporarmo-nos no papel de Almeida Garrett e restaurar este auto da melhor forma possível, adaptando-o a um outro século e, consequentemente, a um outro público.
Beatriz Neves
Bebiana Leal
Hugo Ribeiro
Juliana Bento
Juliana Araújo
Maria Cunha
Susana Silva
Tânia Pereira
Vera Coelho
[Em cima: Almeida Garrett.]