Prosseguindo na senda das recensões críticas ao filme Singularidades de uma rapariga loura, de Manoel de Oliveira, apresentamos hoje o artigo da Juliana Campos, do 10.º VA. Boas leituras e bom cinema.
Crítica de cinema
Juliana Campos
Singularidades de uma rapariga loura é um filme realizado pelo cineasta Manoel de Oliveira, que adaptou a obra de Eça de Queirós e fez com que esta se tornasse uma longa-metragem bastante curiosa, talvez pelos pormenores que a constituem ou, então, pelo seu final inesperado.
Do meu ponto de vista, Oliveira cumpriu bastante bem o objetivo de apresentar o presente e o passado, bem como todas as atividades que os interligavam. A atenção prestada aos pormenores é igualmente importante e extremamente bem conseguida.
No entanto, acho que o desenlace é pouco objetivo; isso faz com que se fique a pensar na razão para que o filme acabe assim, e só depois de se refletir é que realmente se chega a uma conclusão.
Finalizo dizendo que é necessário olhar e interpretar, e não apenas ver, para se poder chegar à conclusão que é pretendida pelo realizador, isto é, que a personalidade é mais importante do que a aparência.