Bem-vindos. Neste blogue, têm lugar textos da autoria de membros da comunidade educativa da Escola Secundária de Vilela e apontamentos diversos sobre livros e literatura.

26
Mai 11

 

Hoje, damos a conhecer um poema da Deolinda Matos, do 10.º D, que relaciona habilmente a música e o amor, que estabelece significativas conexões entre um objecto e um sentimento. Esperamos que o apreciem.

 

Paixão do meu coração,

coração da minha paixão,

paixão do meu violino…

Do meu violino as cordas soltaram-se

e a minha paixão por ti criou-se

no fundo do meu violino…

Mas eu antes preferi guardá-la

no fundo do meu coração,

porque, se guardasse no fundo do violino,

a paixão ia perder-se ao tocar, enquanto

o coração guarda profundamente,

cheio de paixão.

publicado por escoladeescritores às 17:06

17
Mai 11

 

Ainda no âmbito da Semana da Filosofia, foram produzidas, por alunos, algumas reflexões sobre a ideia que cada pessoa tem de si e sobre a sua integração no mundo. Um exemplo desses questionamentos verbais é o texto que hoje publicamos, da Micaela Santos, do 10.º B.

 

A nossa vida é como um texto que escrevemos à pressa, e depois não temos para o ler e corrigir os erros, pois já o entregámos.

Às vezes, só pensamos no que somos e a que parte da sociedade é que pertencemos quando a vida nos obriga a parar no tempo e a fugir do ritmo do dia-a-dia. Quando damos verdadeiramente valor à vida é que olhamos para trás no tempo e reflectimos sobre o que fizemos, tentando melhorar nas próximas acções. Às vezes, conseguimos, outras vezes, não, porque não somos verdadeiramente fortes para assumir e reconhecer quem somos. Na verdade, isto é uma tarefa difícil, pois temos que nos basear no que dizem os outros e não no que nós pensamos que somos. Reconhecermo-nos perante a sociedade, porém, é fundamental, pois só aí temos consciência dos actos que realizamos e podemos descobrir a resposta para a interrogação «Quem sou eu?».

 

[Em cima: La reproduction interdite (1937), de René Magritte.]

publicado por escoladeescritores às 22:46

04
Mai 11

 

No âmbito da Semana da Filosofia, promovida na nossa escola entre 28 de Fevereiro e 4 de Março deste ano, foram desenvolvidas diversas actividades relacionadas com esta disciplina. Uma delas consistiu em pedir aos alunos que reflectissem sobre o sentido da Filosofia, o que resultou, naturalmente, em múltiplos e variados textos. Apresentamos hoje um deles, da autoria da Micaela Rocha, do 11.º C.

 

Filosofia em abstracto

 

Ah, Filosofia, a vedeta dos Gregos da Idade Clássica Antiga; soma quase tantos anos quanto eles. É simplesmente admirável que, passados tantos séculos, a Filosofia ainda sobreviva e consiga manter acesas tantas questões que, a nós, tantas dúvidas suscitam, incitando-nos, energicamente, a procurar as respostas a essas perguntas que insistem em permanecer na nossa mente. Por isso, a Filosofia é importante, pois ocupa-se de todas as questões que, bem analisadas e pensadas e que à primeira vista parecem simples, acabam por ser mais complexas do que aparentam, levando-nos a questionar outros assuntos que estão encadeados com essas questões primárias. Triste e amarga é a ironia, pois com um cargo tão nobre, em que se encarrega de completar a identidade de todos os assuntos e matérias que nos são dados a conhecer ao longo da vida, a Filosofia está condenada à busca (eterna, talvez) da sua própria identidade. O que é a Filosofia? Será possível atribuir-lhe uma definição?

Descartes define a Filosofia como o estudo da sageza (e por sageza entenda-se um perfeito conhecimento de todas as coisas que são dadas a conhecer ao Homem). Kant entende Filosofia como a ciência da relação dos conhecimentos, em geral. Já Warburton defende que a Filosofia é uma actividade, uma forma de pensar acerca de certas questões.

 Ora, não terá a Filosofia uma conotação mais profunda? Não será a Filosofia mais do que uma simples actividade, ciência ou estudo? Realmente, a Filosofia leva-nos mais além das definições técnicas a que tanto estamos acostumados.

Filosofia é amar o desconhecido, desejar insaciavelmente conhecer o que está para lá do horizonte do ser, perguntar e duvidar até se ficar satisfeito; Filosofia é a celebração do ser como portador de capacidades extraordinárias de reflexão e argumentação; é a expressão do orgulho da nossa existência racional, lógica, capaz de superar os mais complexos obstáculos que nos tentam esmagar ao longo da vida; Filosofia é a força que nos faz levantar e ganhar voz para nos afirmarmos, para defendermos tudo aquilo em que acreditamos, para tornarmos o mundo melhor; é oferecer novos mundos ao mundo; é criar política, justiça e igualdade e enquadrá-las na sociedade da melhor forma possível; Filosofia é afirmarmos que existimos, vivemos e pensamos.

A Filosofia é uma parte da vida que jamais poderá ser substituída. Afinal, que aspectos positivos existiriam, sem bases tão necessárias como a Filosofia?

publicado por escoladeescritores às 08:53

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