Publicamos hoje um poema do Carlos Carvalho, do 11.º B (que regressa, assim, a este espaço), abordando o contraste entre a protecção da infância e o abandono da maturidade.
Corpo de homem,
Cabeça de menino,
Quem me dera hoje
Ser de novo pequenino.
Dormir e acordar
Em constante alegria,
Rodeado de amor,
Paz e harmonia.
Estar junto de quem
Nesse tempo me ajudou a crescer,
Deu tudo o necessário
Para eu bem viver.
Ser criança de novo
Seria, sinceramente,
Mais que um desejo, sonho,
O que queria realmente.
Sorrir e receber sorrisos,
Chorar e ser acarinhado,
Correr e ser perseguido,
Dormir e ser admirado.
Porque nascer pequenos e não grandes?
Assim, poderíamos aproveitar
Aquilo que desprezamos,
Mas que passamos a invejar.
É a vida de criança
Que a todos falta faz,
Por isso percam um pouco de tempo
E no tempo voltem atrás.