Bem-vindos. Neste blogue, têm lugar textos da autoria de membros da comunidade educativa da Escola Secundária de Vilela e apontamentos diversos sobre livros e literatura.

25
Nov 09

 

É em ti, ó mar

Que nos momentos mais desagradáveis

Deixo pensamentos indesejáveis

Deposito as minhas lágrimas

No silêncio do teu ondular

 

O perdão e a força

Queres tu levar

Às crianças mais pequenas

Que estão a necessitar

 

Trazes recordações, alegrias e emoções

Mar sereno que engana

Que traz desilusões

Água perdida em momentos da vida

 

De onde vem essa voz, mar meu amigo?

Em ti navegou Portugal antigo

Essa voz que fala à terra

Meu mar azul aplaudido pelo céu

 

É em ti, ó mar

Que abraço o teu lençol azul

 

Elisabete Silva [n.º 9 do 10.º C]

publicado por escoladeescritores às 15:51

16
Nov 09

 

Este excerto pertence à obra O Vagabundo das Mãos de Oiro, de Romeu Correia.

Eu estou a ler este livro, e esta foi, até agora, a parte de que mais gostei, tendo decidido, por isso, divulgá­‑la.

Na cena I desta obra, o diálogo é entre Zé Guia e Mestre Albino. O Mestre Albino era um bêbado, daí resultando que o Zé Guia tivesse querido fazer troça dele. É esse o momento que se segue:

                                                                               

ZÉ GUIA (pequeno vagabundo, grenhudo, tendo numa das mãos quatro fantoches pendentes de cordéis, grita para a plateia)

 

Mestre Albino! Mestre Albiiii…no! … (Pergunta ao público, acanhado) Vossas Senhorias deram fé de ele ter passado…? O Mestre Albino…? Não passou, pois não?  (Ainda mais apoquentado) E o respeitável público á espera da comédia… Não há direito! Este homem vai acabar mal…  (Íntimo) Hoje, foi outra de caixão à cova!...

 

(Senta-se num degrau da escada que desce para a plateia, compondo os cordéis dos bonecos.)

 

E é pena… Mestre Albino é o maior «bonecreiro» do mundo!... Um grande bêbado, mas tem umas mãos maravilhosas!...

(Baloiça os bonecos) Os fantoches das suas comédias imitam os gabirus da família… (Sorrindo) Verdade! (Indica um por um) A mulher dele… a filha… o marmanjo do padrasto…  Aqui não se inventa nada! Pelo contrário: o meu patrão quando está grosso… até mistura tudo… Tão depressa faz uma paródia da galdéria da mulher… como dá para o fino, e goza o pessoal da banda do pai, que são uns pinocas de arrebentar a rir!...

 

Catarina Gomes [n.º 7 do 10.º C]

publicado por escoladeescritores às 11:44

09
Nov 09

 

A partir desta semana, como já havíamos anunciado, o nosso blogue passará a contar com a colaboração de alunas de Literatura Portuguesa, que se responsabilizarão por uma entrada semanal ao longo de todo ano lectivo. Essa entrada poderá concretizar­‑se com textos da sua autoria, com excertos de livros que estejam a ler, com reflexões críticas, com ilustrações escolhidas ou realizadas por elas, em suma, com uma ampla variedade de propostas, que, cremos, irá enriquecer significativamente a Escola de Escritores. Falta apenas referir que todas essas entradas serão identificadas pelo título «Leitoras.com» e que as alunas em questão são a Catarina Gomes, a Elisabete Silva, a Joana Nunes, a Joana Pacheco, a Marlene Ferreira, a Marta Pinto e a Rosária Rocha, todas do 10.º C.

 

[Em cima: La Lectrice, óleo de Jean-Honoré Fragonard, 1770-1772.]

publicado por escoladeescritores às 10:38

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